A Síndrome de Down é um distúrbio genético causado pela trissomia
do cromossomo 21, ou seja, pela presença de um cromossomo 21 extra, total ou
parcial, que provoca o atraso no desenvolvimento global da criança. O nome Down
é em homenagem ao médico britânico John Longdon
Down, que descreveu essa síndrome em 1862, e trata-se de um distúrbio
com uma estimativa de 1 a cada 1000 nascimentos. Os aspectos clínicos mais
marcantes da síndrome são olhos inclinados com epicanto (pregas no canto dos
olhos), mãos e pés pequenos, baixa estatura, prega simiesca nas mãos (uma única
linha no meio das mãos), diferentes graus de deficiência intelectual, e na
maioria das vezes está associada a cardiopatias. Nas suas características,
afeta a estrutura corporal e normalmente é associada a algumas dificuldades de
habilidade cognitiva, de desenvolvimento físico-motor e hipotonia (diminuição
do tônus muscular) generalizada.
A musculação auxilia e beneficia o desenvolvimento dos
portadores de Down por melhorar sua qualidade de vida, e também promove uma
redução de gordura corporal com relação ao aumento de massa muscular. Devido ao
quadro clínico do Down, que desde o nascimento convive com a falta de tônus
muscular e está sujeito a cardiopatias, a musculação tem um papel fundamental
na saúde do indivíduo, além de estimular o desenvolvimento físico-motor.
Essa prática atua também no controle do peso e no aumento do
gasto calórico em atividade. “Além dos fatores citados por experiência própria,
cito a interação professor-aluno, que está diretamente ligada ao
desenvolvimento e aos benefícios maiores que o exercício muscular pode
proporcionar. Trabalhar com eles é um privilegio, pois o Down é encantador”,
explica o Educador físico Fabio Alves.
Segundo o educador, o ideal é ter um trabalho
interdisciplinar. É necessário ter um acompanhamento e liberação do médico para
a prática da musculação, pois durante a sua infância até a adolescência o Down
necessita de alguns cuidados especiais. Também é recomendado uma fisioterapia
direcionada, já que o Down apresenta anormalidades em sua estrutura músculo-esqueletica,
no quadril, patela e na região da sua coluna cervical, entre outras
diagnosticadas.
A adolescência é o período mais recomendável, segundo
estudos, para iniciar um tratamento com o educador físico.
Fabio Silva Alves é Graduado em Educação Física; Pós-graduado pela UNICAMP em atividade Física e Qualidade de Vida. Outorgado como comendador pela academia brasileira de Cultura na área de atividade física e fitnnes. Desenvolve trabalhos como personal trainer de diversos grupos: ativos, diabéticos, pessoas com problemas posturais, hipertensos, cardíacos e gestantes.
Postagem maravilhosa. Me interessei muito devido ao fato de ter três alunos com a mesma síndrome...
ResponderExcluirQue bom Ana, agora já sabe coloque seus alunos para se mexer. ;)
ExcluirPostagem maravilhosa. Me interessei muito devido ao fato de ter três alunos com a mesma síndrome...
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